um quarto de vozes pálidas pena pesares. quadro-cenário de esquálido pensar. rápidos meneios de soturnas sombras a esquadrinhar lugarejos de mim… lampejo quase. um corte seco do frio da chuva… úmida navalha a perpassar pela carne… arrepio aceso… reverbero-me excertos de variegada verve. versos incertos deveras vivos. vernáculo em vermelho breve. sintetizo-me tentáculos dissonantes a sumariar as vozes dos bosques, as emboscadas das trevas, os prenúncios de bichos no cio. esconjura-me tuas endrôminas, veracidades obductas. entoa-me dúbia sinfonia polissêmica, cântico mavioso com olência de pélago augúrio e empíreo fátuo. enigmas dizeres de esfinge.
eu sei. (aconteço, logo duvido).
não julgo desejos da carne postos à prova, apenas espúrias veleidades.
sigo a relevar o que revelado foi, pois é relevo levante de lava. leve sou livre a louvar a lavra verve (sempre). louco e lúcido, água e poço, tormenta e lume… atrevo-me na treva (ainda) dos desesperados.
Para além de todas as aliterações, rimas e sentidos lindos, o que me ficou foi o parêntesis: “(aconteço, logo duvido).
às vezes a imaginação é mais real do que o fato.
Toda a capacidade de amar o que eu não entendo.
Desenvolvo nos seus escritos, Denison!